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AUDIÊNCIA
Parlamento discute problemas da Amazônia

Data da notícia: 2016-03-24 09:46:07
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(Da Redação) Na manhã desta quarta-feira (23), foi aberta a VI Reunião do Parlamento Amazônico, reunindo parlamentares de nove estados da região Norte, no Plenário da Assembleia Legislativa. O objetivo dos encontros mensais é buscar soluções para os problemas comuns de forma coesa, dando mais ?peso? às demandas regionais. A abertura contou com a presença de autoridades civis e militares.

O presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, Maurão de Carvalho (PMDB), frisou a importância do encontro para discutir os problemas amazônicos, especialmente no momento de crise pelo qual passa o Brasil.

O presidente do Parlamento Amazônico, Sinésio Campos (PT-AM), lembrou que são 282 deputados nos nove estados e que, com esses encontros, se consegue falar uma linguagem única e com força para reivindicar com maior força junto ao governo federal.

O presidente lembrou que todos os debates nas reuniões, além de atas, viram documentos por meio de ofícios, requerimentos que são encaminhados às autoridades pertinentes para que sejam tomadas providências.

Representando a União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), a 1ª vice-presidente, Ana Cunha (PSDB-PA), frisou que está sendo montada a Frente Parlamentar Mista. A medida é necessária para que todos os projetos encaminhados pela Unale não fiquem misturados aos demais projetos na Câmara Federal, dando maior celeridade, pois terá consenso em todos os estados.

O vice-presidente do Parlamento Amazônico, deputado Léo Moraes (PTB-RO), lembrou que uma das lutas do bloco será para reverter o cancelamento dos voos para a região.

Sobre a BR 319, frisou o deputado, que no momento de sua criação, o lema do governo brasileiro era ?integrar para não entregar?, buscando a ocupação deste ?vazio geográfico? brasileiro. Para ele, a ausência da estrada em condições emperra o escoamento da produção e o comércio especialmente entre o Amazonas e Rondônia.

Léo Moraes afirmou ser preciso que se discutam as barreiras sanitárias entre estes dois estados. ?Precisamos trabalhar para que se conclua o asfaltamento do grande meio da estrada junto com o Dnit, para crescer as riquezas e quebrar as barreiras comerciais?, afirmou.




Exército
O comandante da 17ª Brigada de Infantaria de Selva, general de Brigada Costa Neves, realizou apresentação do trabalho executado pelo Exército Brasileiro na região Amazônica, especialmente onde a presença do estado é precária.

Para ele, a Amazônia é a resposta e a solução para os grandes desafios da atualidade. Para isso, é preciso conhecer essa importante região. O general reforçou a importância da integração, centralizando no quesito a BR 319, que considerou fundamental como logística e controle para articular o desenvolvimento.

Representando o senador Acir Gurgacz (PDT), o advogado Gilberto Pisello, 1º suplente, falou sobre o desenvolvimento da Amazônia com a reconstrução da BR 319, as malhas viárias do estado que precisam ser melhoradas, o modelo hidroviário atual e disse que precisa ser planejado, bem como a ligação ferroviária em todo país.

Pisello frisou a necessidade da ferrovia Bioceânica, interligando Porto do Açu, no Rio de Janeiro, ao Porto do Ilo, no Peru. Também apresentou um documentário específico sobre a BR 319.

Importância por região
O vice-governador de Rondônia, Daniel Pereira (PSB), pediu que os temas sejam delimitados por importância para a região. Ressaltou que, para Rondônia, dois pontos são importantíssimos como a BR 319 e a Ferrovia Bioceânica.

O presidente da Federação das Indústrias de Rondônia (Fiero), Marcelo Thomé da Silva, falou na integração nacional e internacional. ?E não tem como falar nisso sem citar a BR 319?, destacou. Para ele, as pessoas estão marginalizadas pela inexistência de logística e acesso para garantir o direito de ir e vir de cada cidadão. ?É um dever do estado a conclusão da rodovia?, considerou.

O presidente da Fecomércio do Amazonas, José Roberto Tadros, disse que o discurso de que a abertura da BR 319 trará desmatamento não se sustenta, pois a BR que liga Manaus a Roraima está aberta há anos e isso não ocorreu. ?Isso é sofisma para que a região não cresça?, afirmou.

Tadros ressaltou a importância do crescimento do bloco amazônico em buscar novos mercados, como a Colômbia e que a interligação dos transportes modais na região, interligando especialmente ao Caribe.

O superintendente do Dnit em Rondônia, Sérgio Augusto Mamanny, falou das limitações e atuações do órgão, relacionado à BR 319, especialmente no que tange ao que o Ibama irá liberar, se será pavimentação, conservação ou reconstrução.

Sobre outras obras citadas durante o evento, o órgão está limitado pelo orçamento. Mas Mamanny garantiu que as obras dos viadutos do trevo do Roque, em Porto Velho, serão resolvidas ainda esse ano. O contorno norte, na capital, está com o projeto aprovado e não será licitado devido à falta de recursos.

BR 364
Foi questionado em relação à BR 364, de Rio Branco a Cruzeiro do Sul, onde afirmou que há estudos para reconstrução do trecho entre Sena Madureira a Cruzeiro, e que esse ano foi realizada manutenção para mantê-la com o mínimo de trafegabilidade.

Sobre a BR 425, que interliga Guajará-Mirim à BR 364, o superintendente afirmou que as obras estão paralisadas momentaneamente devido às chuvas, mas tão logo o período chuvoso termine serão retomadas.

O parlamentar pelo Amazonas, Francisco Souza (PTN-AM), disse que há um descaso com Rondônia, Amazonas e Roraima, ?Onde o Ibama manda mais que o presidente da República?.

O superintendente da 21ª Polícia Rodoviária Federal, Alvarez Simões, assegurou que não há, hoje, efetivo suficiente para patrulhar a rodovia, quando ela for recuperada.
Ele pediu apoio da bancada federal para que melhore o efetivo policial, pois futuramente Rondônia será passagem de transportes multimodais e haverá essa necessidade.

Com informações da Assessoria.

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